quarta-feira, 21 de agosto de 2013
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Poética de Manoel Bandeira e Procura da Poesia de Carlos Drummond de Andrade
Uma
realidade determinada inventa a poesia?
Estilos
ideológicos, determinadas épocas, disposições emocionais do autor perante
circunstâncias sociais ou íntimas gerem a linguagem poética?
Palavras
mais vocábulos e mais técnicas... Elaboram a melodia envolvente das expressões?
Manuel
Carneiro de Sousa Bandeira Filho e Carlos Drummond de Andrade por meio das
enigmáticas mágicas das palavras
respondem a essas indagações! E através desse carisma metamorfosearam-se em “estrelas literárias” compartilhando
ativamente das transformações de sua época.
Vida e
poesia são entretons envoltos em experiências e procuras infindáveis por meio
do fluxo feiticeiro das palavras numa bifurcação psíquica germinando (enfim!) poetas como eles. Admiráveis!
Tendo-os como modelo, podemos garantir: fazer poesia significa
ultrapassar emoções recriando universos globais de cores e expressões! Plenos
de estrelas numa linguagem eterna: a alma humana.
A curiosidade levou-me a ler sobre eles e pareceu-me que ambos
transpõem limites transcendentais (num deslumbramento antes da poesia: em busca
de conhecimentos eternos do ser!) em luta constante com melancolia, angústia e duelos vida/morte num
drama profundo da própria dor ou busca
do equilíbrio do júbilo de existir!
Após muitas buscas, Manuel
Bandeira desvendou sua inspiração
libertadora no corriqueiro, desembaraçou-se
da exata metrificação imperiosa e esquadrinhando
(em seu espírito poético!) impresumíveis e absorventes imagens ajudou na demolição
do protótipo lírico existente, edificando o
“livre-arbítrio” literário jamais ousado no Brasil.
Carlos Drummond
evolucionou da poesia temática para
deparar com a lírica da forma:
inspiração interior num movimento harmonioso transmutando gradativamente seu próprio
eu!
Eu maior
que o mundo: emoções dominam as
naturezas e olhares poéticos turvam o domínio crítico e de remoque do escritor;
Mundo é maior que o eu: no
amadurecimento do poeta o universo torna-se infinito (Mundo Grande) e a busca
reinicia-se fora do eu.
Edificação
da sensibilidade poética nos círculos amplos do mundo levou-o a uma agudeza de que a poesia não se descobre nos
objetos, porém nas expressões linguísticas!
Nesse momento aconteceu um
nítido corte com o pensamento antecedente
de poesia que havia sido delineada por
outros modernistas (inclusive Manuel Bandeira que reconstruiu para
adaptar uma inovação literária).
Podemos concluir que para
Bandeira os caminhos do lírico foram às apreciações do prosaico e para Drummond
a linguagem.
Assim
efetivou-se o abandono do básico conhecimento lírico (onde alguns objetos são
considerados inspiradores!) para revelar a mágica poesia em tudo.
Logo
após, ambos caminharam de encontro a inúmeros temas onde o negativismo
tornou-se poético.
A iluminação envolveu Manuel Bandeira, como poesia saudosista,
arrebatando do cerne de sua alma, o entalhe de “realidades encantadoras”
com o feitiço das palavras: eu lírico numa metalinguagem.
Utilizou
atitude humilde, ponderada e harmoniosamente lapidada mais pelo raciocinar do que pelo sentir. Bem
que esse escrevedor de versos( artífice
nas artes de medir seguindo inteligentemente regras rígidas de
versificação); Buscou concretizar
estilos tão variados e que numa finura
pioneira em versos no Brasil (arte moderna!) causou impacto e mudanças... Jamais será poderá ser considerado simples poeta!
Drummond aventurou-se ser impregnado pela poesia. Não obteve esse êxtase misterioso! Submergiu-se, ele próprio, num metamorfosear
de suas visões poéticas nesse interminável “universo das palavras”.
Nesse
teatro de vocábulos os atores principais são além da palavra e da poesia,
o próprio eu lírico de Drummond, que
nos envolve num olhar meditativo,
longínquo e onipresente!
As
indagações ontológicas e refinadas transcendências de Drummond germinaram atualizadas, próprias de sua época! Mesmo assim
ele ousou, esvoaçou em busca de novos estilos e composições encantadoras!
Principiou aprimorado, e atormentado entrou para a história.
Manuel Bandeira fez o contrário: encarou sua simplicidade complicada e difícil
revigorando a poesia em plena
transformação literária e mesmo assim conseguiu adotar a mesma agilidade e maestria
dos primeiros modernistas!
E qual é a “Poética”
de Manoel Bandeira?
Encantada com esse artista das letras, busquei respostas. Deslumbrei-me.
Encantada com esse artista das letras, busquei respostas. Deslumbrei-me.
Manuel Carneiro de
Sousa Bandeira Filho constituiu a legitima metalinguística materializada em feitio de poeta:
o código narrando si mesmo!
Explorador
do Modernismo brasileiro (metalinguagem: intertextualidades ou
metatextos, “alumbramento” e a técnica de “desentranhar” poesia das coisas.).
Características peculiares e criadoras
de “ uma identidade nacional” desse admirável escritor são o humor e melancolia:
perante a angustia da certeza da morte por causa da tuberculose buscou equilíbrios
por meio da ironia, própria poesia e
memórias da infância. De
tal modo, tornou-se a concepção viva modernista de estabelecer a complexa significação
do que é ser cidadão brasileiro!
“Poética” – (1930) parte do livro
“Libertinagem”: item belíssimo e emblemático dos estágios
metalinguísticos com ecos do passado
e reavaliação de valores do poeta.
Seu
universo literário, egocêntrico e fechado, “volveu em volta” de suas emoções sobre a
própria doença, amigos, amores e desamores, pleno de simbolismos cultivados na história
de sua infância. O mais poético dos poetas! Maravilhoso!
Inspiração arrebatadora num jeitinho simples e direto ( não realmente
simples!), seu inventar poético nos envolve
num conjunto de criações, simbologias e ideias expondo o deslumbramento
das palavras sentidas.
Inteligente
observante dos fatos reais do existir utilizou uma encruzada intertextual tão
selada com sua
vida pessoal que elucidava poeticamente
sobre o que estava expondo. Assim, a entranha de sua alma repartia-se em poesias com temas ingênuos ou
complexos.
Para ele, a poética significou a negação
de antigos apegos literários e justificação de um lírico mais livre
acordando a importância da modernização literária.
Numa liberdade
plena de forma (estética modernista) com versos livres, supressão da pontuação,
reiterações e imagens que negam os
valores ultrapassados das estéticas anteriores numa estrutura linguística
sedutora.
Esse
seu sentimentalismo lírico autêntico e
libertador possuem duas ideias básicas: linguística e comportamental: utilizou
(reforçando sua mensagem) indivíduos
julgados socialmente por seus
desequilíbrios: alienado, alcoolizado e palhaço brincalhão, ou seja, seres que
se permitem serem naturais e libertos de quaisquer censuras ou recriminação.
Evidenciando
desagrado com os valores literários clássicos o poeta aliou detalhes
triviais das estéticas antigas para chacotear seus limites absurdos, usou
expressões científicas e conceitos típicos do dia-a-dia comum;
Utilizou uma figura dramática caracteristicamente
modernista: funcionário público e espaço
burocrático;
Zombou
da estética romântica: o lirismo galanteador,
político, raquítico e sifilítico.
Derradeiro
verso resume todo o poema:
“- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação”.
“- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação”.
E... Carlos Drummond de Andrade?
Escritor atormentado buscou sempre
contextos racionais sobre o existir,
conhecer, importâncias morais/estéticas, intelectuais e linguísticas
(clássico, mesmo em suas inovações). Extraordinário estrategista que se movia na imensidão das palavras, retrocedendo e investindo
entre “estrelas reais e abstratas” amoldando cintilações de emoções numa
liberdade interminável.
Utilizou metalinguagem (com matizes fulgentes de lirismo) num inventar metapoético: a própria poesia são o sujeito e objeto direto.
Utilizou metalinguagem (com matizes fulgentes de lirismo) num inventar metapoético: a própria poesia são o sujeito e objeto direto.
Habilmente
empregou temas de suas memórias da terra
natal, família, amigos, existir humano, conflitos sociais numa visão irônica do
mundo e indivíduos.
O desprezo com as dessemelhanças sociais coexiste com seu intenso sentimentalismo, ponderações humoradas, sensível e inteligente num profundo
anseio refreado e
constantemente por meio do verso livre e uso de palavreado
coloquial.
Silêncio e poesia: nessa busca se aceita o
imprevisível e mudo donativo das palavras resguardadas nas entrelinhas da
linguagem.
“Procura da Poesia” foi dividido em duas partes:
Primeiro, o autor esclareceu sobre quais as apreensões que não são necessárias
para alguém que almeja inventar poesia.
Logo após, explanou sobre a laboração da
linguagem e seu real contexto poético.
O estilo com o qual manuseamos os
vocábulos matizando indefinidas incubações
textuais, libertando a essência dos símbolos num sentir e vivenciar cada
letra exprime as nuances mágicas de se
fazer poesias. Não importa o tema, e sim como articulamos o dizer!
É
essa a mensagem desse poema- sinopse da metalinguagem de Drummond: a palavra esboça, matiza e flameja a
própria palavra!
“Penetra”, “convive”, “aceita”, “chega”
e “repara” as tonalidades das palavras e contemple-as em suas próprias
constelações entre a realidade e o cosmos místico dessas letras. Enfim,
aperfeiçoe a serenidade e meditação
permitindo que sua alma veja o que elas desvendam nos espaços “policromáticos”
das expressões.
Silêncio! Ouça as palavras mudas ou
comunicadas transmutando-se em poemas.
Revelar-se-á a indagação fundamental das palavras a quem
arriscar penetrar nas nuanças de
seus enigmáticos horizontes: “Trouxeste a chave?”.
Ao
transformar as letras em versos/reversos jazemos... E nos decompomos além das
palavras: ser e reencontrar outras expressões no tão somente ser!
Assim são
esses autores, além de criadores de uma tradição literária atualizada (moderna)
e livre de dogmas absoletos.
Encantei e perdi-me... em busca
de metapoesias! E reencontrei outro ser mesclado em outros horizontes: Drummond e Bandeira.
A eterna
poesia do fazer poético de deles possui mais afinidades que diferenças:
Cada qual
peregrinou por suas etapas humanas e literárias com particularidades íntimas e
surpreendentes, sendo reconhecidos (ao mesmo tempo) como modernistas e intemporais!
Manuel Bandeira: lembranças da infância basicamente compuseram sua alma poética;
Carlos Drummond:
absorveu conquistas e conhecimentos poéticos de Manuel Bandeira refletindo essa
experiência em suas poesias;
Em questões de estilo existem poemas de Bandeira que recordam Drummond;
Os dois participaram da concretização dos
conceitos do Modernismo, indo além com seus brilhantismos pessoais;
Drummond
e Bandeira ousaram nos
conceitos particulares do movimento
concretista por desafio intelectual e mesmo assim, ambos tornaram-se o
“encontro” desse dom metafísico das palavras numa linguagem mágica da
criatividade humana, além dos desafios intelectualizados ou racionais!
Tornaram-se tradição influenciando gerações posteriores.
O experimento do existir e a vivência da
poesia estão entrelaçados nas facetas emocionais
da individualidade humana que se materializa “poeta”. Como humanos e artífices são articulados/matizados “argumentos/momentos” numa concepção cósmica
literária.
Carlos
Drummond e Manuel Bandeira expressam: “Transformar o
próprio “eu” em caminhos de palavras, rompendo com cadeados sociais e muralhas linguísticas,
libertando o emocional não raciocinado ou desconsertado numa vasta ação
criadora de silhuetas simbólicas da consciência/inconsciente... Apenas
palavreando o sentir e o viver”.
Que belos caminhos de palavras... Vamos ler?
Camões, literatura e Alexandre Herculano.
A arte
(em todos os sentidos!) além de comunicar-se concebendo informações, opiniões
ou espelhando a realidade, cria outro real em originais expressões por meio de
um mágico artifício de incubação moral/ intelectiva/espiritual expandindo a
História da humanidade!
Camões e Herculano confiavam que
deveria ser objetivo do artista mostrar (por meio de suas obras) o olhar
espiritual artístico em infindáveis perspectivas de horizontes e destinos que descortinassem
esperanças magníficas no futuro.
Arte e História
numa original definição: criatividade, sensibilidade humana e eternidade!
Imagens da glorificação do homem-herói,
navegador, soldado, aventureiro, cavaleiro... Ou intensos amores incorpóreos
(perfeitos e sagrados!), tragédias, dualismos, patriotismos, etc. Serão as obras
desses homens memórias ou frutos da saudade de um glorioso futuro!
Quando
jovem convivia com livros... Eram meus melhores amigos! Podíamos sonhar
questionar e nos aventurar por várias realidades, juntos!
Não
havia certo ou errado... Mas, uma magia que ultrapassava tempo e dimensões.
Adorava
Camões! Tornou-se obsessão tentar entendê-lo.
Passou a idade e sonhos camonianos
tornaram-se apenas ficção de um escritor meio chatinho pra se ler e meio incompreensível!
Conheci
outros escritores. Com o correr do tempo, reencontrei alguns amigos de outrora... Eu mudara e minha interpretação foi inédita. Inesperada. Parecia que surgiam novos fatos nas entrelinhas...
Ler e reler sempre revela novas descobertas e
os devaneios sempre ressurgem! Essa é a magia da leitura.
Nosso
linguajar é vivo e dinâmico e em contínuas transformações amolda comportamentos,
nações, experiências e valores estético-morais, enfim, motivando percepções
interativas de inacabáveis universos num vasto sistema de influências
recíprocas... Num mágico caleidoscópio da
comunicação humana!
Julie Champagne disse um dia: “A saudade portuguesa
exprime, entre outras coisas, o passado que foi e o futuro que nunca será. Um
grande paradoxo que vivem os portugueses face às esperanças que têm no futuro
de Portugal. Sonham com um destino maravilhoso, idêntico à época das Descobertas
(...) Trata-se de um passado futuro!” (Saudade: o Bilhete de Identidade do Povo
Português).
Luís de
Camões (Lisboa [?] 1524-1580) escreveu os matizes infinitos dessa
saudade: através dos escritos que ostentam as “Grandes Explorações e as Descobertas dos Portugueses”.
Em
nuances de mar e saudades heroicas, cavaleiros ou navegadores, amores e ideais, ou... Lusíadas - povo
lusitano: antepassados dos portugueses, suas aventuras, eventos históricos,
explorações e descobertas, o famoso Camões continua chatinho pra se ler e
fascinante pra se sentir quando ousamos na leitura!
E Alexandre Herculano?
A narrativa dos romances ou poesias de Alexandre Herculano (Lisboa - 1810- 1877) é um retorno às “origens pátrias” e outro exemplo de saudade do futuro?
A narrativa dos romances ou poesias de Alexandre Herculano (Lisboa - 1810- 1877) é um retorno às “origens pátrias” e outro exemplo de saudade do futuro?
Herculano
nutre um intuito poético na prosa, principalmente em Eurico, usando a linguagem
num tom meio utopista, mantendo ritmo e significado epopeico em suas
imaginações!
Instruído
e crítico, cultivou enredos medievais restaurando a prosa literária arquivando
em seus escritos os entretons históricos: trajes, armas, costumes, decorações,
paisagens, leis, arquitetura, etc.
Sobressai
na narrativa a descrição das memórias medievais: belos castelos com densos poços,
cavalheiros super-homens e fulgentes capacetes! Portanto, a Idade Média foi o pivô
vital para recuperar a historiografia portuguesa, aliando à tradição da
Cavalaria.
Assim
como Camões, Herculano exalta os heróis numa nítida epopeia camoniana onde são
relatadas as proezas de um carismático herói (Eurico) num contexto nobre, inventado
e recriado por um escritor admirável!
As
básicas imagens dramáticas desses dois escritores são como que encarnações,
possuidoras de poderes sobrenaturais, “anjos ou diabos”, dedicados a um
objetivo amaldiçoado ou santificado (Ex.: Eurico anjo negro e vários
personagens de “Os Lusíadas” representando todo o povo Português e não apenas
Vasco da Gama, considerado o personagem representante dos povo lusitano).
Ambos
recriminam a cobiça humana e as leis da sociedade!
Amor idealista e crença cristã estimulando o amor espiritual, mas cativo de
certo dualismo: alumia a mente originando a poesia e nobreza do espírito (sublime,
eterno e casto) ao mesmo tempo em que tortura escravizando.
Se a realização
terrena é impossível é imperativo a destruição dos amantes, assim poderão unir-se
além da morte. Assim sendo, a morte escolta o amor na poesia de Camões (claramente
ou subentendida!) e nas obras de Herculano.
Mulher
- anjo arquitetado entre o céu e a terra: nobre, idealizada e inatingível!
Sentimento
de imortalidade resistindo ao
transitório viver humano.
Desengano - contrastes dialéticos e de linguagem expondo a transitoriedade
do mundo.
Juízo
de fatalismo: universos efémeros,
humanos e ideais impotente ou precários versus poderes inabaláveis do destino
Erudição,
explanações filosóficas/político/sociais, descrição pitoresca e pretextos de
narração poética.
Para
ambos a fé significou a réplica extrema
para as "desarmonias do existir": Se a iniquidade vencer o viver, o homem
encontrará seu prêmio no Céu.
O
análogo entre religião e pátria,
heróis torturados por amores, mulheres angelicais e o ostensivo Culto do cavalheiresco num miscigenado ideal
patriota destaca-se nitidamente gerando o resgate da história do povo
português.
Enfim,
Camões exibe em suas obras algumas das tendências que marcam o romantismo
português: a construção do herói romântico, grande expressão do amor à mulher e
do amor à pátria.
E Herculano (iniciador do romance histórico em
Portugal) era plenamente consciente sobre a realidade do seu país, de tal
maneira que buscou inventariar em seus escritos a ficção inclusa na História, pois
percebeu que o romance histórico além de divulgar, convida irresistivelmente para
o conhecimento da História.
Camões
e Herculano souberam incluir a história com a imaginação sem que uma destruísse
a outra.
Ao ler
esses gênios, mergulhamos nos matizes do passado através de enredos fascinantes,
temas polêmicos e entremeados de observações filosóficas, sociais e políticas.
Constatei
que esse ajuste entre eventos históricos e ficcionais, num estilo de linguagem recheado
de criatividade, heróis, cores e movimento (embora pareça difícil ler e
compreender por causa das mutações que a própria língua vai passando) continua sendo envolvente e mágico!
Ler é ousar conhecer outros universos. E você... o que acha do hábito da leitura?
Ler é ousar conhecer outros universos. E você... o que acha do hábito da leitura?
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